04 de jul 2025

Implanon será disponibilizado no SUS como novo método contraceptivo ainda este ano
Implanon será disponibilizado no SUS, com meta de atender 500 mil mulheres até 2026 e distribuição de 1,8 milhão de implantes.

Aplicação de implante subcutâneo para contracepção hormonal (Foto: Adobe Stock)
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O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (3), que o Implanon, um implante hormonal contraceptivo, será disponibilizado no SUS (Sistema Único de Saúde) ainda este ano. A expectativa é atender 500 mil mulheres e distribuir até 1,8 milhão de implantes até 2026.
Considerado altamente eficaz, o Implanon é comercializado no Brasil desde 2001 e atua liberando etonogestrel, um derivado sintético da progesterona. Segundo Ilza Maria Urbano Monteiro, presidente da comissão de anticoncepção da Febrasgo, o implante impede a ovulação e cria uma barreira no colo do útero, resultando em uma taxa de falha de apenas 0,05%.
O implante pode ser utilizado por pessoas a partir de 14 anos em idade reprodutiva. A principal contraindicação é para aquelas que tiveram câncer de mama. A aplicação é feita sob anestesia local, geralmente no braço, e o efeito contraceptivo dura três anos. O início do efeito ocorre logo após a inserção, que deve ser feita no início do ciclo menstrual.
Efeitos e Considerações
Após a aplicação, cerca de 75% das usuárias podem apresentar alterações no ciclo menstrual, como sangramentos irregulares. Ilza Monteiro ressalta que não é possível garantir que o método irá interromper completamente a menstruação, embora algumas mulheres busquem essa opção.
O Implanon é o único implante hormonal aprovado pela Anvisa no Brasil. O preço máximo em farmácias pode chegar a R$ 1.267,35. A portaria que oficializa sua incorporação ao SUS deve ser publicada em breve, e as áreas técnicas terão 180 dias para implementar a oferta, o que inclui a capacitação de profissionais e a distribuição do insumo.
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