Tecnologia

Estudo do telescópio Euclid desafia teoria de Einstein e revela mistérios do universo

Dados iniciais do telescópio Euclid sugerem transformação da energia escura. A teoria da relatividade de Einstein não explica a expansão acelerada do universo. Cientistas acreditam estar próximos de uma grande descoberta em astronomia. O Euclid mapeia um terço do céu, capturando 1,5 bilhão de galáxias. Novos dados podem levar a uma nova teoria sobre gravidade e estrutura do universo.

Novas imagens do telescópio Euclid mostram galáxias de diferentes formas (Foto: ESA / Euclid / Euclid Consortium / NASA / AFP)

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A teoria da relatividade de Albert Einstein, embora tenha sido confirmada em diversos testes, ainda não explica a expansão acelerada do universo, impulsionada pela energia escura. Carole Mundell, diretora científica da Agência Espacial Europeia, destacou isso ao apresentar os primeiros dados do telescópio espacial Euclid, que visa esclarecer os mistérios da matéria e energia escuras. Cientistas acreditam que a energia escura pode estar em transformação, desafiando a compreensão atual de tempo e espaço, e que estão próximos de uma das maiores descobertas em astronomia.

Os dados do Euclid, que cobrem menos de 0,5% do céu e foram acompanhados por 27 artigos científicos, podem indicar uma mudança de paradigma na ciência, segundo Ofer Lahav, da University College London. A energia escura foi identificada em 1998, quando se descobriu que a expansão do universo não desacelerava como se pensava, mas sim acelerava. Essa força desconhecida pode ser medida através da aceleração das galáxias, e os novos dados reforçam essa hipótese, embora ainda não sejam considerados uma descoberta definitiva.

O telescópio, lançado em 2023, tem como objetivo mapear um terço do céu, abrangendo 1,5 bilhão de galáxias. Com imagens de galáxias, nebulosas e estrelas, o primeiro lançamento de dados é um marco significativo na busca por entender a teia cósmica, que conecta aglomerados de galáxias. Apesar de não haver revelações sobre a matéria e energia escuras, os dados iniciais oferecem pistas sobre a estrutura do universo, que é composta em grande parte por forças invisíveis.

O consórcio Euclid, com mais de dois mil pesquisadores, lançou 35 terabytes de dados, equivalentes a 200 dias de streaming em 4K, após apenas uma semana de observação. O telescópio já identificou cerca de 500 lentes gravitacionais, superando as expectativas. Para processar esses dados, foi utilizado um algoritmo de inteligência artificial, além da ajuda de mais de 10 mil voluntários. Mundell afirmou que isso é apenas uma amostra do que está por vir, com o primeiro catálogo completo de dados previsto para o próximo ano.

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