Tecnologia

Crianças expostas a riscos de publicidade no uso de Youtube nas escolas

Preocupações crescem sobre o uso do YouTube nas escolas, destacando riscos de publicidade direcionada a crianças e falta de formação para professores.

Um aluno usa uma aplicação de criação de livros em uma lousa digital na escola pública Escultor Alberto Sanchez de Toledo. Em dispositivos desse tipo, costuma-se usar o YouTube em escolas infantis com pouco controle. (Foto: Víctor Sainz)

Um aluno usa uma aplicação de criação de livros em uma lousa digital na escola pública Escultor Alberto Sanchez de Toledo. Em dispositivos desse tipo, costuma-se usar o YouTube em escolas infantis com pouco controle. (Foto: Víctor Sainz)

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Recentes discussões sobre o uso do YouTube nas escolas têm gerado preocupações entre pais e educadores. O debate se intensificou após um incidente em que uma criança, exposta a um anúncio na plataforma, fez uma pergunta sobre o valor de um carro durante o trajeto escolar. Essa situação evidenciou a falta de supervisão e regulamentação no uso de conteúdos digitais.

A plataforma YouTube, amplamente utilizada nas escolas, apresenta riscos, especialmente em relação à publicidade direcionada a crianças. Especialistas alertam que as crianças, especialmente as menores de seis anos, não conseguem distinguir entre anúncios e conteúdos, o que pode levar a uma exposição inadequada. A diretora de Pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa em Ciências e Tecnologias Digitais, Oana Goga, destaca que as capacidades cognitivas das crianças ainda estão em desenvolvimento, tornando-as vulneráveis a mensagens publicitárias.

A utilização do YouTube como recurso educacional tem sido comum, especialmente em dias chuvosos. No entanto, muitos professores não estão cientes dos riscos associados. A professora Clara Marín, de Murcia, critica a prática de exibir vídeos sem supervisão, afirmando que os educadores devem estar mais preparados para usar a plataforma de forma segura. A falta de formação adequada para os professores é um ponto recorrente nas discussões, com muitos reconhecendo que os cursos de competência digital não são suficientes.

A publicidade contextual, que não é direcionada a usuários específicos, mas sim a conteúdos consumidos, é uma preocupação adicional. Goga ressalta que não há revisão dos anúncios exibidos, o que pode resultar em conteúdos inadequados para o público infantil. A falta de transparência sobre o que as crianças assistem é alarmante, e muitos educadores tentam mitigar esses riscos testando os vídeos antes de exibi-los.

A necessidade de contas corporativas no YouTube é enfatizada por educadores, como Usmel González, que argumenta que isso ajuda a filtrar conteúdos indesejados. A formação digital dos professores é crucial para garantir um uso seguro e educativo da plataforma. Com conteúdos adequados e supervisão, o uso do YouTube pode ser benéfico, mas é essencial que os educadores estejam preparados para navegar nesse ambiente digital complexo.

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