Tecnologia

Trump altera diretrizes da IA e favorece grandes empresas com nova política econômica

Donald Trump revogou a ordem executiva de Joe Biden sobre inteligência artificial (IA). Anunciou investimento de R$ 500 bilhões em centros de dados para IA nos EUA. Vice presidente JD Vance pediu menos regulação na Europa, aumentando tensões. Falta de regulação nos EUA gera preocupações sobre segurança e desinformação. Relação deteriorada com a UE pode impactar a colaboração em tecnologia e comércio.

Os palestrantes da mesa sobre inteligência artificial e o mandato de Trump realizada hoje no MWC de Barcelona. (Foto: Massimiliano Minocri)

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Durante o Mobile World Congress em Barcelona, especialistas discutiram o futuro da inteligência artificial (IA) sob a presidência de Donald Trump. Logo após assumir, Trump revogou a ordem executiva de seu antecessor, Joe Biden, sobre IA e anunciou um investimento privado de 500 bilhões de dólares em centros de dados. O vice-presidente JD Vance também participou da AI Action Summit em Paris, onde pediu a redução da regulação europeia sobre o setor. A nova administração Trump trouxe mudanças significativas à política de IA, priorizando o liderança dos EUA na área.

Antes da chegada de Trump, havia um marco regulatório estabelecido pela administração Biden, que orientava sobre o uso e a implementação da IA. Mallory Knodel, da Social Web Foundation, destacou que essa ordem era essencial para limitar danos potenciais. Com a nova abordagem, os EUA enfrentam uma falta de regulação em IA, enquanto a Europa implementou um regulamento específico. Na cúpula em Paris, Vance não assinou as conclusões, evidenciando a falta de alinhamento entre as duas regiões.

José Ignacio Torreblanca, do Conselho Europeu de Relações Exteriores, observou que a filosofia comum entre EUA e Europa se desfez, com os EUA focando mais em tecnologia e a Europa em direitos humanos. Ele questionou como a União Europeia (UE) se posicionará diante da retirada dos EUA desse consenso. A crescente busca por alternativas no Sul Global pode abrir espaço para a UE, que deve decidir se prefere regulamentações sob a administração Trump ou sob suas próprias diretrizes.

Os especialistas também discutiram a relação entre o poder político e as grandes empresas de tecnologia. Elon Musk tem acesso privilegiado ao governo Trump, levantando preocupações sobre o tratamento de dados sensíveis. A política de America First de Trump está incentivando o protecionismo em torno da tecnologia de IA, o que pode intensificar a guerra comercial com a China. Mark Somol, da Hyacinth AI, alertou que a falta de acesso a chips pode impulsionar inovações em empresas chinesas, como a DeepSeek, que já está desenvolvendo tecnologias mais eficientes. A relação entre a UE e os EUA também se deteriora, com Trump criticando impostos europeus e buscando eliminar regulamentações, o que pode complicar a colaboração em áreas estratégicas.

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