União Europeia apresenta plano ambicioso para liderar na inteligência artificial

A União Europeia (UE) apresentou o "Plano de Ação Continente IA", com o objetivo de fortalecer sua indústria de inteligência artificial e competir com os Estados Unidos e a China. A vice-presidente da Comissão Europeia, Henna Virkkunen, destacou que o plano inclui a construção de gigafatoriais e um aumento na infraestrutura de dados, com um investimento de 20 bilhões de euros. O projeto visa triplicar o número de centros de dados na Europa em sete anos e desenvolver fábricas de IA, como a que será instalada em Barcelona.

O plano é estruturado em cinco pilares principais. O primeiro foca na supercomputação, promovendo a criação de fábricas de IA e gigafatoriais. Os outros pilares incluem a garantia de dados de alta qualidade para o treinamento de modelos de IA, a capacitação em habilidades de IA por meio de bolsas e academias, e a simplificação regulatória. Virkkunen afirmou que a revisão das normas visa reduzir a burocracia, especialmente para pequenas e médias empresas, sem comprometer a segurança jurídica.

Apesar das críticas sobre a regulamentação da IA na Europa, fontes comunitárias afirmam que a região possui ativos significativos para se tornar um líder no setor. No entanto, a comissária não esclareceu se o plano será desenvolvido com tecnologia europeia ou se dependerá de fornecedores dos EUA. A necessidade de adquirir chips e as negociações com empresas americanas foram mencionadas como desafios.

O anúncio do plano ocorre em um contexto de investimentos massivos nos EUA, onde o ex-presidente Donald Trump anunciou um projeto de 500 bilhões de dólares para impulsionar a IA, focando na construção de centros de dados e infraestrutura energética. A UE, por sua vez, busca estabelecer uma estratégia de dados e uma hoja de ruta para integrar de forma sustentável os centros de dados ao sistema energético, embora detalhes sobre a implementação ainda sejam escassos.