Cineasta Hayao Miyazaki critica uso de IA para criar imagens no estilo do Studio Ghibli

A recente popularização de imagens geradas por inteligência artificial (IA) no estilo das animações do Studio Ghibli gerou polêmica nas redes sociais. O diretor da produtora japonesa, Hayao Miyazaki, expressou sua indignação em um vídeo de 2016, afirmando: “Estou completamente enojado. Se você realmente quer fazer coisas assustadoras, pode ir em frente e fazer. Eu nunca desejaria incorporar essa tecnologia ao meu trabalho. Sinto fortemente que isso é um insulto à própria vida.”

O Studio Ghibli, fundado na década de 1980, é conhecido por suas animações aclamadas, como A Viagem de Chihiro (2001) e O Menino e a Garça (2023). A criação das imagens que circulam atualmente nas redes sociais foi facilitada por uma nova funcionalidade do ChatGPT, desenvolvida pela OpenAI. No entanto, o uso do estilo Ghibli sem autorização do estúdio gerou críticas no meio artístico.

A controvérsia destaca a tensão entre inovação tecnológica e a preservação da integridade artística. A utilização de IA para replicar estilos de animação sem consentimento levanta questões sobre direitos autorais e a originalidade na arte. A situação também reflete um debate mais amplo sobre o impacto da tecnologia na criatividade e na produção cultural.

A reação de Miyazaki ressoa com muitos artistas que se preocupam com a desumanização do processo criativo. A discussão sobre o uso de IA na arte continua a evoluir, à medida que mais criadores e consumidores se posicionam sobre o que consideram aceitável ou não na interseção entre arte e tecnologia.