Cultura

Maná das montanhas Madonie renasce como superalimento e atrai chefs renomados

Giulio Gelardi revive a colheita do maná nas montanhas Madonie, resgatando uma tradição siciliana e atraindo chefs para inovar na gastronomia.

O maná é mencionado na Bíblia dezessete vezes. Hoje, ele é considerado um "superalimento" na Sicília (Itália). (Foto: Alamy via BBC)

O maná é mencionado na Bíblia dezessete vezes. Hoje, ele é considerado um "superalimento" na Sicília (Itália). (Foto: Alamy via BBC)

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Em uma manhã quente nas montanhas Madonie, na Sicília, o agricultor Giulio Gelardi apresenta o maná, uma resina branca rica em minerais mencionada na Bíblia. A colheita do maná, que envolve o corte da casca de árvores da espécie Fraxinus ornus, quase desapareceu devido à urbanização e industrialização nas últimas décadas. Gelardi, que cresceu em Pollina, decidiu revitalizar essa prática tradicional, atraindo a atenção de chefs e confeiteiros.

Gelardi começou a reviver a colheita do maná em 1985, após perceber que essa técnica cultural estava em risco de extinção. Ele dedicou meses a aprender com produtores mais velhos e a estudar a história do maná, que remonta ao século 9, quando a prática foi introduzida por árabes. Em 1986, ele começou a promover o maná para turistas, destacando suas propriedades curativas e seu valor cultural, o que ajudou a reavivar o interesse pelo ingrediente.

A inovação na colheita também foi uma prioridade para Gelardi. Ele desenvolveu uma técnica de "maná limpo", que aumenta a produção e reduz o risco de contaminação. Essa abordagem permitiu que ele vendesse maná para panificadores e chefs, que começaram a incorporá-lo em diversas receitas, como cannoli e chocolates. O maná, agora considerado um "superalimento local", é valorizado por suas propriedades nutricionais e seu uso em produtos de beleza.

Hoje, o maná das montanhas Madonie é um ingrediente protegido pela organização Slow Food e alcançou preços de até R$ 1,28 mil por quilo. Gelardi fundou o Consórcio de Maná das Madonie em 2015 para promover a colheita entre os jovens. Produtores como Mario Cicero, que aprendeu com Gelardi, estão garantindo a continuidade dessa tradição, essencial para a cultura local.

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