Infelicidade no trabalho: relatos de estudantes revelam desafios em ambientes corporativos

A newsletter FolhaCarreiras destaca a insatisfação de estudantes e recém-formados em seus ambientes de trabalho. Relatos recentes indicam que muitos enfrentam ambientes tóxicos, excesso de trabalho e falta de perspectivas, levando à infelicidade profissional.

Uma estudante de administração, que preferiu não se identificar, relatou sua experiência como analista júnior em uma multinacional. Ela acumulou 300 horas extras em seis meses devido à alta carga de trabalho e à escassez de funcionários. A falta de oportunidades de crescimento a deixou desmotivada.

Outra estudante, de direito, estagiava em um escritório de advocacia e se sentia exausta e angustiada. Ela mencionou um ambiente competitivo e a presença de piadas machistas e homofóbicas, o que a impediu de expressar seu desconforto. Uma estudante de artes visuais também compartilhou sua experiência negativa, mencionando comentários ameaçadores de sua chefe.

Um levantamento da The School of Life e da Robert Half revelou que 26,72% de 387 liderados não estão satisfeitos em suas funções. O psicólogo Wanderley Cintra Jr. alerta que sinais de insatisfação incluem a sensação de aprisionamento e a falta de liberdade para se expressar.

Os problemas podem resultar em desgaste físico e mental, como dores e dificuldades para dormir. A longo prazo, a insatisfação pode levar a condições graves, como burnout e depressão. Para lidar com essa situação, especialistas recomendam procurar um novo emprego ou, se necessário, buscar apoio dentro da empresa, como conversar com o RH.

As estudantes mencionadas decidiram deixar seus empregos em busca de novas oportunidades. A mudança pode ser uma solução, mas não é a única. Profissionais em cargos executivos também oferecem conselhos para jovens em início de carreira, enfatizando a importância de encontrar uma atividade que traga entusiasmo e prazer.